Aguardando valores de precatórios a serem depositados, inúmeras pessoas estão sendo enganas em golpes relacionados ao assunto. No Rio Grande do Sul, a trapaça tem ocorrido via ligações telefônicas, onde estelionatários podem se identificar como advogados do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais (Semapi). Para liberar o pagamento, os falsos representantes do Sindicato exigem valores e, devido à demora usual em casos relacionados a isso, conseguem manipular quem está na espera há anos.
Os criminosos também podem se identificar como funcionários da Justiça ou do Estado e utilizam informações verdadeiras, como o número do processo e dados de outras pessoas, para ganhar a confiança das vítimas. O motivo para o adiantamento do valor também pode variar: alegam cobrança de honorário ou pagamento de imposto, por exemplo. Os valores são depositados em contas bancárias indicadas por telefone.
Nova realidade, novas regras
No caso do Rio Grande do Sul, os precatórios decorrem principalmente de questões salariais (envolvendo servidores ativos, inativos e pensionistas), desapropriações e cobranças indevidas de impostos. Por aqui, o golpe envolvendo o assunto ocorre com mais facilidade devido à lentidão no pagamento dos valores por parte do Estado. Para se ter uma ideia, em uma média de 2018, incluindo novos títulos registrados no orçamento de 2019, as dívidas de precatórios no RS atingiram a marca de R$ 15,1 bilhões – 3,7 vezes mais do que o orçado para a saúde.
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